“É notável a evolução dos esportes de resistência nos últimos anos. Cada vez mais os atletas e eventos buscam desafios que se integrem e tenham proximidade com a natureza.
Exemplo disso são os eventos de triathlon cross coutry que estão se espalhando rapidamente pelo mundo a fora. Atletas de várias outras modalidades como o ciclismo de estrada e corrida de rua também tem incorporado as mountain bikes em seus treinos e na pré-temporada, conseguido benefícios que se estendem muito além da preparação física.
As mountain bikes são bicicletas versáteis e apesar das várias modalidades existentes, as “mountain XC” (usadas para as modalidades de resistência – maratona “XCM” e circuito “XCO”) podem ser usadas para andar em qualquer lugar que se desejar. São bicicletas que oferecem conforto e leveza já que são desenvolvidas para serem usadas em trilhas, estradas de terra e locais com muitos obstáculos.
:: Por onde começar e qual mountain bike comprar?
Antes de iniciar a prática de qualquer esporte é muito importante que se busque ajuda profissional qualificada, informações e orientações em lojas especializadas ou com amigos que já praticam e tenham boas experiências, assim pode ser evitado que você comece no “escuro” e corra o risco de abandonar o esporte antes mesmo de aproveitar quaisquer benefícios que ele pode oferecer.
Assim como qualquer bicicleta das diversas modalidades do ciclismo, as mountain bikes e seus componentes (quadro, pé de vela, avanço, guidon, canote, banco etc.) possuem tamanhos e características diferenciados. Então devemos comprar uma bike que se adéque as nossas individualidades e objetivos, levando em consideração nossas dimensões corporais e as restrições financeiras.
Fazer um bike fit garante a compra de uma bike no tamanho correto, ajudando a evitar lesões melhorando a eficiência. Leia a matéria: Pedale mais rápido melhorando sua técnica: parte 2, no site: http://www.mundotri.com.br
Se o atleta pretende competir várias provas durante o ano vai precisar de uma bike mais leve, que tenha freios a disco e uma boa suspensão dianteira (hidráulica que combine ar e molas). Os quadros mais leves são os de fibra de carbono e os com melhor relação custo/beneficio são os de alumínio.
Existem também os quadros “full suspension”, são os que possuem suspensão traseira, esses quadros acabam ganhando algumas gramas, mas com a vantagem de transmitir mais conforto, ajudando a transpor obstáculos e permitindo uma melhor tração. Nesse caso, uma bike leve tem o custo elevado, pois empregam materiais como a fibra de carbono além de usarem tecnologias mais sofisticadas na suspensão traseira, que se mantêm rígida em situações de esforço e “sprints” ou possuem travas manuais para esse fim.
Já para o atleta que pretende competir esporadicamente e usar a mountain bike para alguns treinos e pré-temporada, uma bike rígida (sem suspensão traseira) de alumínio com freios v-brake vai atender e proporcionar bons pedais. Procure uma bike que permita um “upgrade” para os freios a disco, pois tomando gosto pelo esporte e pelas competições pode se adicionar freios melhores que facilitam muito o controle da bike em descidas com pedras soltas, lamas e raízes.
Se for comprar uma bike com freios a disco ou se quiser dar um “upgrade” na sua com v-brakes, prefira os freios hidráulicos, pois são bem mais precisos que os mecânicos e com uma diferença de preço que pode valer a pena.
Mas o principal é comprar uma bike com as medidas corretas e que realmente atenda suas necessidades. A prática do mountain bike exige muito do equipamento, principalmente se for usada em trilhas acidentadas e competições, então o barato pode sair caro se o equipamento for muito simples e for usado em condições acima do que pode suportar.
:: Como aperfeiçoar sua técnica no mountain bike
Aproveite melhor seu condicionamento físico de forma econômica, com segurança e eficiência!
Pilotar uma mountain bike com rapidez e segurança em terrenos acidentados, transpondo obstáculos como pedras soltas, buracos, valas, raízes exige muito preparo físico, experiência e técnicas bem apuradas.
O trabalho técnico no mountain bike é muito importante e nem sempre é uma tarefa simples de ser trabalhada, mas seguindo algumas dicas você pode sentir mais seguro e ser econômico em momentos de pressão e desgaste de forma a aproveitar melhor suas qualidades físicas.
Observar atletas mais experientes em treinos e competições, assistir vídeos de mountain bike e até mesmo de modalidades diferentes do ciclismo vai ajudar a observar como os atletas se comportam e fazem para superar os obstáculos e dominar as bikes.
Se a pretensão é fazer um treino técnico, não necessariamente você deve procurar trilhas extremamente difíceis e se jogar. Antes o básico deve ser aprendido e treinando em locais que permitam que seja feito com segurança. Além disso, o nível inicial da técnica, experiências motoras adquiridas ao longo da vida, idade, experiências com o mountain bike e ciclismo devem ser levados em consideração, pois atletas mais bem treinados em coordenação e mais experientes aprendem com mais facilidade a forma correta de execução além terem a necessidade de treinar técnicas mais específicas.
Os obstáculos no mountain bike, muitas vezes, devem ser transpostos com a bike em contato parcial ao solo ou não. Atletas mais experientes vão procurar receber o mínimo de impactos causados por eles, geralmente saltando ou transpondo os obstáculos, mantendo contato apenas com uma das rodas da bike.
Se o atleta é menos experiente geralmente vai transpor os obstáculos sem saltar, mantendo maior contato das rodas ao solo de forma a se sentir mais seguro.
Em situações onde são encontrados muitos obstáculos e irregularidades no terreno, os braços e pernas devem funcionar como “suspensões extras” da bike, mantendo semi-flexionados e ao mesmo tempo firmes para não ter surpresas ao passar por grandes buracos ou pedras. O corpo deve ficar fora do banco ou “selim” para que as pernas funcionem como suspensões e as mãos devem se manter firmes ao guidon, mas sem aplicar muita pressão para evitar fadiga e câimbras, ajudando a manter melhor o domínio dos freios.
Ao enfrentar descidas muito íngremes, o atleta deve projetar o corpo para trás do banco, assim podem ser evitados capotes de frente caso seja encontrado algum obstáculo pelo caminho. Nessa situação os freios devem ser mantidos acionados para evitar que a bike embale demais (cuidado para não apertar demais o traseiro e derrapar), ao mesmo tempo se o terreno não oferecer aderência e possuir obstáculos como pedras soltas e raízes, passar muito devagar pode mudar a direção da bike repentinamente, então manter a calma e fluidez nessas horas é o melhor. Caso você se sinta inseguro, o melhor é descer da bike e ir empurrando! (Não há mal nenhum nisso)
Já ao se deparar com subidas íngremes e com muitos obstáculos, devemos nos posicionar no banco de forma que o peso corporal fique concentrado na roda traseira. Dessa forma é conseguida maior aderência, melhorando a tração. Ao mesmo tempo temos que posicionar o tronco de forma que o centro de gravidade fique mais baixo evitando que a roda dianteira perca contato com o solo.
Procure sempre treinar seguindo orientações profissionais e usando equipamentos de segurança, assim serão evitados acidentes e seu treinamento otimizado!
O treinamento técnico deve ser trabalhado com maior ênfase próximo das provas mais importantes que geralmente acontecem nas fases finais de uma periodização. Cada modalidade do ciclismo possui características técnicas distintas que podem ser aproveitadas no mountain bike. Variar os locais de treino, aprender técnicas do ciclismo, BMX, bike Trial, Donw Hill e das diversas modalidades do ciclismo vai ajudar muito na hora de enfrentar as grandes variedades de terreno e situações enfrentadas com a sua mountain bike.”
Matéria escrita em colaboração ao site: www.mundotri.com.br
Felipe Miranda é treinador esportivo da OCE – Treine.net, Bacharel em Educação Física pela Faculdade Estácio de Sá – Belo Horizonte e competidor de mountain bike desde 1999. Em 2009 foi campeão dos 5 horas de MTB e completou os 685km de uma das maiores ultra-maratonas em mountain bike, o ABSA Cape Epic que acontece na África do Sul.
Autor: Charles Azêvedo
Fonte: http://www.pedal.com.br/
Exemplo disso são os eventos de triathlon cross coutry que estão se espalhando rapidamente pelo mundo a fora. Atletas de várias outras modalidades como o ciclismo de estrada e corrida de rua também tem incorporado as mountain bikes em seus treinos e na pré-temporada, conseguido benefícios que se estendem muito além da preparação física.
As mountain bikes são bicicletas versáteis e apesar das várias modalidades existentes, as “mountain XC” (usadas para as modalidades de resistência – maratona “XCM” e circuito “XCO”) podem ser usadas para andar em qualquer lugar que se desejar. São bicicletas que oferecem conforto e leveza já que são desenvolvidas para serem usadas em trilhas, estradas de terra e locais com muitos obstáculos.
:: Por onde começar e qual mountain bike comprar?
Antes de iniciar a prática de qualquer esporte é muito importante que se busque ajuda profissional qualificada, informações e orientações em lojas especializadas ou com amigos que já praticam e tenham boas experiências, assim pode ser evitado que você comece no “escuro” e corra o risco de abandonar o esporte antes mesmo de aproveitar quaisquer benefícios que ele pode oferecer.
Assim como qualquer bicicleta das diversas modalidades do ciclismo, as mountain bikes e seus componentes (quadro, pé de vela, avanço, guidon, canote, banco etc.) possuem tamanhos e características diferenciados. Então devemos comprar uma bike que se adéque as nossas individualidades e objetivos, levando em consideração nossas dimensões corporais e as restrições financeiras.
Fazer um bike fit garante a compra de uma bike no tamanho correto, ajudando a evitar lesões melhorando a eficiência. Leia a matéria: Pedale mais rápido melhorando sua técnica: parte 2, no site: http://www.mundotri.com.br
Se o atleta pretende competir várias provas durante o ano vai precisar de uma bike mais leve, que tenha freios a disco e uma boa suspensão dianteira (hidráulica que combine ar e molas). Os quadros mais leves são os de fibra de carbono e os com melhor relação custo/beneficio são os de alumínio.
Existem também os quadros “full suspension”, são os que possuem suspensão traseira, esses quadros acabam ganhando algumas gramas, mas com a vantagem de transmitir mais conforto, ajudando a transpor obstáculos e permitindo uma melhor tração. Nesse caso, uma bike leve tem o custo elevado, pois empregam materiais como a fibra de carbono além de usarem tecnologias mais sofisticadas na suspensão traseira, que se mantêm rígida em situações de esforço e “sprints” ou possuem travas manuais para esse fim.
Já para o atleta que pretende competir esporadicamente e usar a mountain bike para alguns treinos e pré-temporada, uma bike rígida (sem suspensão traseira) de alumínio com freios v-brake vai atender e proporcionar bons pedais. Procure uma bike que permita um “upgrade” para os freios a disco, pois tomando gosto pelo esporte e pelas competições pode se adicionar freios melhores que facilitam muito o controle da bike em descidas com pedras soltas, lamas e raízes.
Se for comprar uma bike com freios a disco ou se quiser dar um “upgrade” na sua com v-brakes, prefira os freios hidráulicos, pois são bem mais precisos que os mecânicos e com uma diferença de preço que pode valer a pena.
Mas o principal é comprar uma bike com as medidas corretas e que realmente atenda suas necessidades. A prática do mountain bike exige muito do equipamento, principalmente se for usada em trilhas acidentadas e competições, então o barato pode sair caro se o equipamento for muito simples e for usado em condições acima do que pode suportar.
:: Como aperfeiçoar sua técnica no mountain bike
Aproveite melhor seu condicionamento físico de forma econômica, com segurança e eficiência!
Pilotar uma mountain bike com rapidez e segurança em terrenos acidentados, transpondo obstáculos como pedras soltas, buracos, valas, raízes exige muito preparo físico, experiência e técnicas bem apuradas.
O trabalho técnico no mountain bike é muito importante e nem sempre é uma tarefa simples de ser trabalhada, mas seguindo algumas dicas você pode sentir mais seguro e ser econômico em momentos de pressão e desgaste de forma a aproveitar melhor suas qualidades físicas.
Observar atletas mais experientes em treinos e competições, assistir vídeos de mountain bike e até mesmo de modalidades diferentes do ciclismo vai ajudar a observar como os atletas se comportam e fazem para superar os obstáculos e dominar as bikes.
Se a pretensão é fazer um treino técnico, não necessariamente você deve procurar trilhas extremamente difíceis e se jogar. Antes o básico deve ser aprendido e treinando em locais que permitam que seja feito com segurança. Além disso, o nível inicial da técnica, experiências motoras adquiridas ao longo da vida, idade, experiências com o mountain bike e ciclismo devem ser levados em consideração, pois atletas mais bem treinados em coordenação e mais experientes aprendem com mais facilidade a forma correta de execução além terem a necessidade de treinar técnicas mais específicas.
Os obstáculos no mountain bike, muitas vezes, devem ser transpostos com a bike em contato parcial ao solo ou não. Atletas mais experientes vão procurar receber o mínimo de impactos causados por eles, geralmente saltando ou transpondo os obstáculos, mantendo contato apenas com uma das rodas da bike.
Se o atleta é menos experiente geralmente vai transpor os obstáculos sem saltar, mantendo maior contato das rodas ao solo de forma a se sentir mais seguro.
Em situações onde são encontrados muitos obstáculos e irregularidades no terreno, os braços e pernas devem funcionar como “suspensões extras” da bike, mantendo semi-flexionados e ao mesmo tempo firmes para não ter surpresas ao passar por grandes buracos ou pedras. O corpo deve ficar fora do banco ou “selim” para que as pernas funcionem como suspensões e as mãos devem se manter firmes ao guidon, mas sem aplicar muita pressão para evitar fadiga e câimbras, ajudando a manter melhor o domínio dos freios.
Ao enfrentar descidas muito íngremes, o atleta deve projetar o corpo para trás do banco, assim podem ser evitados capotes de frente caso seja encontrado algum obstáculo pelo caminho. Nessa situação os freios devem ser mantidos acionados para evitar que a bike embale demais (cuidado para não apertar demais o traseiro e derrapar), ao mesmo tempo se o terreno não oferecer aderência e possuir obstáculos como pedras soltas e raízes, passar muito devagar pode mudar a direção da bike repentinamente, então manter a calma e fluidez nessas horas é o melhor. Caso você se sinta inseguro, o melhor é descer da bike e ir empurrando! (Não há mal nenhum nisso)
Já ao se deparar com subidas íngremes e com muitos obstáculos, devemos nos posicionar no banco de forma que o peso corporal fique concentrado na roda traseira. Dessa forma é conseguida maior aderência, melhorando a tração. Ao mesmo tempo temos que posicionar o tronco de forma que o centro de gravidade fique mais baixo evitando que a roda dianteira perca contato com o solo.
Procure sempre treinar seguindo orientações profissionais e usando equipamentos de segurança, assim serão evitados acidentes e seu treinamento otimizado!
O treinamento técnico deve ser trabalhado com maior ênfase próximo das provas mais importantes que geralmente acontecem nas fases finais de uma periodização. Cada modalidade do ciclismo possui características técnicas distintas que podem ser aproveitadas no mountain bike. Variar os locais de treino, aprender técnicas do ciclismo, BMX, bike Trial, Donw Hill e das diversas modalidades do ciclismo vai ajudar muito na hora de enfrentar as grandes variedades de terreno e situações enfrentadas com a sua mountain bike.”
Matéria escrita em colaboração ao site: www.mundotri.com.br
Felipe Miranda é treinador esportivo da OCE – Treine.net, Bacharel em Educação Física pela Faculdade Estácio de Sá – Belo Horizonte e competidor de mountain bike desde 1999. Em 2009 foi campeão dos 5 horas de MTB e completou os 685km de uma das maiores ultra-maratonas em mountain bike, o ABSA Cape Epic que acontece na África do Sul.
Autor: Charles Azêvedo
Fonte: http://www.pedal.com.br/
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